A Raça

Caracteristicas



Leão da Rodésia - Cabeça

O Leão da Rodésia é um cão de médio/grande porte, deve ser um cão forte e musculado, activo, com um contorno simétrico e capaz de uma elevada capacidade de resistência e grande velocidade. A crista nas costas, originada por pelo que cresce no sentido contrário, é a sua imagem de marca. Deve ser claramente definida e simétrica, começando atrás dos ombros e estendendo-se até ao topo superior do inicio da anca. Deve ter duas coroas simétricas (remoinhos de pelo) e opostas. Mesmo para aqueles que não são admiradores da raça o Leão da Rodésia não deixa de ser um cão de uma beleza e de uma dignidade extraordinárias, capaz de fazer parar as pessoas na rua e de voltar cabeças. O dono de um Rhodesian Ridgeback será muitas vezes confrontado por transeuntes que lhe perguntarão que raça é aquela e que elogiarão a sua beleza.

Altura (cernelha):                                                                      Peso:

Macho: 63 cm a 69 cm                                                               34 Kg a 38,5 kg
Fêmea: 61 cm a 66 cm                                                               30 Kg a 35 Kg

Nota: Estes valores seguem o estalão britânico e cada vez mais se torna difícil encontrar Leões da Rodésia com este peso. Os criadores, tentando apurar a raça têm-na feito também evoluir em outras direcções nomeadamente originando cães mais altos e mais pesados sendo hoje em dia fácil encontrar machos entre os 40 kg e os 50 kg e fêmeas a alcançarem os 42kg.

Temperamento



Leão da Rodésia - Crista

O Leão da Rodésia é um cão digno, inteligente, reservado com estranhos mas não mostrando agressividade ou timidez. A fidelidade é uma das suas marcas principais e ele é aficionado, possessivo e muito ligado ao seu dono. É um cão de um dono, embora ame e respeite o resto da família intensamente. Os Rhodesian Ridgebacks são guardiões fora de série. Embora por  vezes possam ser mais amigáveis com as visitas, eles são naturalmente reservados com estranhos e o seu rosnar baixo e grave é, sem margem para dúvidas, um aviso para que não se aproximem mais sem uma apresentação como deve de ser pelo seu dono.

Se devidamente socializados em tenra idade o Leão da Rodésia convive com outros cães com gosto e com outros animais como gatos, desde que sejam os de casa porque os de fora continuarão eventualmente a ser vistos como presas.

Resumindo, o Leão da Rodésia, como qualquer cão, pode ser mais ou menos amigável com outros animais e com pessoas estranhas, ter muito ou nenhum medo de ruídos diferentes e situações adversas. Tudo depende da socialização que em todas as raças, mas nesta em particular, é de extrema importância.

Comportamento

O Leão da Rodésia é um cão inteligente e com uma mente independente. Os seus antepassados tinham de pensar e agir por eles próprios quando iam em caçadas para o mato, avaliando as situações e agindo de acordo com as mesmas sem receber qualquer tipo de instruções dos seus donos que se encontravam normalmente à distância. Desta forma, embora mais obedientes e "treináveis" do que a maioria das raças de caça (hounds), nunca esperem obter o mesmo tipo de submissão instantânea de um Pastor Alemão, de um Border Collie ou de um Schnauzer. Leões da Rodésia são parceiros e não serventes!

Leões da Rodésia em casa

Dentro de casa o Leão da Rodésia é um cão calmo e até algo preguiçoso, que passará de bom grado todo o tempo esticado num canto solarengo da casa ou em frente à lareira (se o deixarem ele entrará quase literalmente dento da lareira). No entanto, estando a ressonar adormecidos na sua cama ou a apanhar os raios de sol da manhã na varanda, mal toque a campainha ou uma sombra se aproxime da janela ele entrará imediatamente em acção, deslocando-se para a porta e ladrando e rosnando caso julgue necessário! O Leão da Rodésia não é um ladrador e só o fará quando julgue que alguma coisa está mal. Quando um Ridgeback ladra, nomeadamente à noite, donos ou vizinhos devem ver o que se passa, porque é muito possível que haja um bom motivo para tal.

 É por isso um óptimo cão para manter boas relações com os vizinhos.

Outro dos seus atributos é o seu olhar desconcertante. Muitos visitantes ocasionais poderão sentir-se desconfortáveis após meio minuto a serem atentamente observados por um Leão da Rodésia desconfiado.

No entanto, será improvável que um Leão da Rodésia socializado ataque efectivamente alguém sem que tenha sido extremamente provocado! Isto torna-o um excelente cão de vigilância mas não um puro cão de guarda. Um Rhodesian Ridgeback não é um Rottweiler! Embora com treino tal seja possível, não é recomendado uma vez que, a sua vocação é encurralar a sua presa e não atacá-la.

Leões da Rodésia no "ninho"

Leões da Rodésia querem estar ao pé do dono. Não são cães de jardim. Estão realizados e felizes somente por poder estar ao pé dos donos, deitados aos seus pés no tapete da sala, seguindo-os pela casa toda inclusive aos sítios mais impróprios como a casa de banho só para poderem estar perto da sua família. Não requerem nem gostam de atenção constante, festas e adulação. Só querem estar por perto!

Embora sejam cães duros e robustos, os Rhodesian Ridgeback são criaturas sensíveis e não gostam de tratamento rude. Nos primeiros meses de vida este tipo de tratamento pode arruinar um cão promissor. Desde o primeiro dia, há que ser um dono firme e justo, que reforce positivamente os comportamentos que pretende, pois esta raça é muito inteligente e reage muito melhor a estímulos positivos do que negativos. Não quer isto dizer que o castigo, quando bem aplicado, na altura certa, não possa e não deva ser utilizado. Relembro que a violência física não resulta! Devo alertar que o Leão da Rodésia tende para a independência, o que fácilmente se confunde com teimosia.
Concluindo, o Leão da Rodésia é um cão honesto e leal, exuberante, com uma personalidade marcante e que não deixa ninguém indiferente. É capaz do melhor e do pior, capaz de estar o dia todo só em casa, sem estragar seja o que for, nem tocar no bife que deixou em cima da mesa. Por outro lado, também poderá transformar-lhe o jardim num campo de batalha, rosnar ameaçadoramente para as suas visitas ou destruir-lhe a colcha herdada da bisavó. Tudo depende de como o criou e socializou desde o dia em que, cachorro inocente e traquina, entrou em sua casa.