A Lenda de Nyangani

A Lenda de Nyangani
Diz a lenda que quem subir a montanha mais alta da Rodésia, o Monte Nyangani, não deve olhar os olhos de nenhum animal, sob pena de ficar perdido nas montanhas para sempre. Assim foi connosco e com o Leão da Rodésia, um olhar e perdemos-nos para sempre.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Dermoid Sinus

Dermoid Sinus (DS) é um síndroma potencialmente mortal que os Leões da Rodésia (e por vezes outras raças) podem apresentar à nascença. De uma forma simplificada, trata-se de um "tubo de pelo", com uma abertura à superfície da pele, que cresce em direcção ao interior do cão, chegando no pior cenário à espinha dorsal do animal.
A DS pode variar de grau 1 a 4 dependendo da profundidade que alcança dentro do corpo do animal, sendo grau 4 a que corresponde à mais profunda atingindo a espinha dorsal. Para se detectar a DS deve procurar-se um veterinário ou uma pessoa experiente que, com o polegar e o indicador segurando uma prega de pelo,  vá apalpando suavemente desde a base da cabeça até à cauda através de toda a linha das costas do cachorro. Se se detectar DS, ela parecerá um fio que cresce perpendicularmente às costas do cachorro na direcção da coluna. A dificuldade da sua detecção reside no facto deste canal poder ser tão espesso quanto um dedo mindinho ou tão fino como um fio de algodão. Para se ter a certeza, devem rapar-se os pelos na zona onde for detectada possível DS e verificar-se visualmente a existência de um alto ou uma espécie de borbulha ou inclusivé uma espécie de "mordida de vampiro", na zona onde começa o canal. Os cachorros devem ser testados semanalmente até irem para a casa dos novos donos.
Apesar de à partida um cachorro com DS aparentar ser completamente saudável, com o tempo, o "tubo" infectará e o cachorro experimentará uma dor agonizante, acabando potencialmente em paralisia e morte. Este é um dos motivos óbvios para que se sugira a eutanásia o mais cedo possível. Há países onde é possível operar estes cachorros com bons resultados embora ainda com algum grau de incerteza, para além dos custos elevados. Em Portugal, dada a pouca expressão da raça desconheço, se já se fizeram operações bem sucedidas.
 A percentagem de possível hereditariedade deste defeito é desconhecida. A experiência, através de reportes de criadores em diversos países e continentes demonstra que cerca de 3% dos cachorros podem apresentar este defeito à nascença, embora este número possa variar de país para país.
Obviamente que algumas linhas de sangue são mais predispostas a produzir cães com DS pelo que, aquando do início de um programa reprodutivo, é recomendável um conhecimento alargado dos ancestrais genéticos dos progenitores bem como do historial reprodutivo dos mesmos.